Na luta pela vida das mulheres

VACINA PARA TODAS E TODOS E AUXÍLIO EMERGENCIAL JÁ!

Neste 8 de março de 2021, mulheres de todo o Brasil, de todas as raças, etnias, cores, idades, identidades, orientações sexuais e desejos se mobilizam para fazer do Dia Internacional das Mulheres uma grande luta pelas nossas vidas, contra um governo negacionista que adotou a necropolítica em detrimento do cuidado e a vida digna no centro da política, em manifesto todas exigimos O FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES, VACINA PARA TODAS E TODOS! AUXÍLIO EMERGENCIAL JÁ!
Nós mulheres Sorocabanas nos unimos a outros movimentos sociais e organizações que pautam a necessidade da luta permanente em unidade combativa contra essa política genocida e o retrocesso que o governo Bolsonaro representa para todo o país.

Sorocaba infelizmente tem um governo que se alia a essa política negacionista e ultra conservadora e elegeu uma câmara municipal que conta com a cumplicidade e apoio de fundamentalistas e setores conservadores que pregam o retrocesso aos direitos arduamente conquistados por nós mulheres.
Na pandemia as desigualdades de classe, raça e de gênero se aprofundaram ainda mais. Evidente que a pandemia afetou a todos, todas e todes, sem distinção. Mas também é verdade que o Coronavírus não é democrático: pobres, precarizados e mulheres sofrem mais com a pandemia.

Nós mulheres sentimos na pele o aumento das jornadas de trabalho, da dependência econômica, do feminicídio. Registramos durante a pandemia um caso de feminicídio a cada nove horas (FBS). O “FIQUE EM CASA” para algumas mulheres serviu de sentença de morte, confinadas em seus lares com seus algozes a violência doméstica aumentou em menos de um mês registramos em Sorocaba 78 medidas protetivas de urgência e de acordo com os dados de nossa DDM em vinte dias do início desse ano já tinha sido registrado mais de 275 denúncias de violência doméstica em nossa cidade.
Sorocaba tem quase todos os equipamentos públicos necessários a defesa e garantia dos direitos das mulheres contudo por conta da precarização sistemática dos serviços públicos a falta de investimento em pessoal, equipamentos e formação contínua, acaba por prejudicar as mulheres que buscam esses serviços.

Somos nós, mulheres, que estamos na linha de frente do combate à Covid, como agentes de saúde, recepcionistas, auxiliares de enfermagem, na limpeza, enfermeiras e médicas. Ao mesmo tempo, seguimos carregando nas costas a responsabilidade pelo trabalho de cuidados e pela saúde de todas as pessoas, também dentro de casa.
As mulheres também são maioria em algumas categorias economicamente mais vulneráveis à pandemia, como diaristas. Não podemos esquecer que foi uma empregada doméstica uma das primeiras vítimas da covid-19 em nosso país.

A pandemia apenas aprofundou a desigualdade de gênero, portanto para as mulheres a busca da igualdade e o enfrentamento das desigualdades de gênero apresentam-se como um dos mais importantes desafios, que ao poder público compete responder e a nós, mulheres, compete reivindicar e tornar realidade.

Existe um vírus, mas a verdadeira epidemia é o patriarcado que reduz a nossa condição de ser mulher a subalternidade, muitas mulheres ainda não podem decidir sobre suas vidas, não se constituindo sujeitos complexos e ativos na sociedade.

Neste 8 de março celebramos os enormes esforços de mulheres e meninas em todo o mundo na construção de um futuro mais igualitário e na recuperação da pandemia de COVID-19. E para isso precisamos de um feminismo que liberta, emancipa, acolhe sem esquecer que a pobreza no Basil é feminina e preta.

Exigimos, portanto, uma vida digna, sem medos e opressões, uma vida liberta. Vida liberta de preconceitos!

A esperança vai vencer o medo.

Mexeu com uma mexeu com Todas!

#8MSorocaba